Inteligentes demais: vale elogiar toda hora?

Inteligentes demais: vale elogiar toda hora?

Talvez você se identifique com essa pequena história: uma criança que desde muito cedo sempre foi elogiada pelos pais, parentes e professores por ser muito inteligente e esperta.

A criança quando sentia dificuldade em aprender alguma coisa, porém, sentia ser uma fraude. E a solução era fugir do que não entendia e resolver só o que sabia. Afinal, ela era conhecida como uma pessoa esperta. Por que haveria de decepcionar os pais?

Consequentemente a lei do esforço é ignorada; ela só se empenha nas tarefas em que ela é boa. Já imaginou a longo prazo?

Pois é, talvez você tenha sido uma criança assim e sentiu dificuldade ao conseguir se formar e conseguir um bom emprego. Talvez esteja lutando até hoje para ser reconhecida profissionalmente.

Ou talvez você seja uma mãe assim. Não, não estamos dizendo que pare de elogiar seu filho! Pelo contrário. Sugerimos que você não crie rótulos.

Quer um bom exemplo disso?

Um teste, realizado nos Estados Unidos com mais de 400 crianças da quinta série, desafiava meninos e meninas a fazer um quebra-cabeças, relativamente fácil. Quando as crianças terminavam, algumas eram elogiadas pela sua inteligência (“você foi bem esperto, hein!) e outras, pelo seu esforço (“puxa, você se empenhou bastante hein!”) – tá vendo a diferença dos elogios?

Em um outro quebra-cabeças, um pouco mais difícil que o primeiro, alunos podiam escolher entre um desafio semelhante ou diferente ao primeiro. Resultado: as crianças que foram elogiadas como “inteligentes” escolheram um desafio semelhante, no qual já estariam acostumadas. Já as elogiadas como “esforçadas” escolheram um desafio diferente, ou seja, maior.

Vê como só uma frase pode fazer uma diferença na inconsciência do seu filho? Pode ser mesmo até o sobrinho ou um amiguinho dele. Evite dizer que ele é inteligente. Isso pode implicar uma cobrança ou uma expectativa grande dos adultos sobre a criança, que sente isso, mesmo de forma implícita.

Em contrapartida, o que você pode fazer é dizer à criança que ela é esforçada, curiosa, persistente, aventureira. Quando uma criança acerta é preciso comemorar, claro. Mas quando ela erra, também é preciso celebrar aquele pequeno fracasso, mostrando que o que vale realmente é não desistir de tentar.

Por Jessica Moraes

fonte:http://www.vilamulher.com.br

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